A capital do império era Bizâncio,[5] uma cidade que conservou o patrimônio e a língua helenística (grego popular).[6] Bizâncio, antiga colônia grega, foi por muito tempo a capital do Império Romano do Oriente. No ano de 330, foi melhorada por Constantino e passou a ter o nome de Constantinopla. Essa importantísstima cidade foi capital do império até 1453, quando tomada pelos turcos otomanos, dando início aos tempos modernos. Constantinopla, hoje tem o nome de Istambul.[6][4]
Os bizantinos souberam aproveitar a posição geográfica do seu território. De fato, localizava-se na passagem entre a Europa e Ásia. Era um local de encontro de rotas comerciais.[6] Desenvolvia-se um intenso comércio de peles, especiarias do Extremo Oriente, grãos de trigo, peixes, mel, sedas, tapetes e artigos de muitos outros locais.[7][4]
Essa cidade chegou a ser uma fortaleza, cercada de água pelos três lados e protegida por uma grande muralha do outro lado. Por isso, conseguiu resistir às invasões dos bárbaros, devido à sua posição geográfica e por possuir um forte exército e poderosas frotas.[8][4]
Política bizantina
Com ele, grande parte do território do império perdido aos bárbaros no Ocidente foi recuperado. Foi um administrador culto, amigo do trabalho e da justiça. Dividiu com a mulher, a imperatriz Teodora, o seu sucesso.[11][10] Seu governo foi marcado por lutas sociais: havia muita pobreza contrastando com a riqueza. Os tributos foram aumentados, o povo revoltou-se na chamada Revolta de Nika.[12] O movimento de revolta foi abafado graças à intervenção da imperatriz Teodora e do general Belisário.[12][10]
Justiniano I foi um homem de grandes conquistas; ampliou o império em direção ao norte da África, península Itálica e península Ibérica. Foi também grande legislador e teólogo. Fez importante obra legislativa, reuniu e organizou as teses do Direito Romano em uma grande obra chamada Código Justiniano ou Corpus Juris Civilis.[11][12][13][10]
O código era formado por cinqüenta livros e foi um trabalho difícil, coordenado pelo legislador Triboniano. O imperador fez resumir em quatro livros todo esse trabalho legislativo, originando o Código, o Digesto, as Institutas e as Novelas. Assim, o vasto corpus juris civilis foi simplificado em quatro partes.[13][11][10]
A cultura bizantina despontou com novos pensadores e estudiosos cristãos. Justiniano construiu grandes obras públicas, como a famosa Hagia Sofia, e outras tantas arquiteturas.[14] Governou com poderes absolutos, foi considerado o representante de Deus na Terra.[10] Por isso, usou-se a expressão cesaropapismo, que era a supmíssão e controle da Igreja por parte do imperador.[10] Havia muitas desavenças e desentendimentos religiosos, mas Justiniano queria que a Igreja fosse unificada para poder se aproveitar dela em seu governo.[10]
Na época de Justiniano, houve um movimento religioso chamado monofisismo. Os adeptos dessa doutrina diziam que Cristo tinha apenas a natureza divina, não possuindo natureza humana.[15][10]
Com o fim do mandato de Justiniano, ou seja, com sua morte, o povo de Constantinopla ficou feliz, pois estava cansado de altos impostos e tanto autoritarismo.[10] O imperador havia impedido a venda dos ícones, isto é, as imagens sagradas de Cristo, da Virgem Maria e dos santos.[16] Esta campanha contra as imagens recebeu o nome de campanha iconoclasta.[16][10]
Os sucessores de Justiniano se empenharam em defender o território do Império Romano do Oriente contra os invasores bárbaros, que se desinteressaram do Ocidente.[17] Aparecia, dessa forma, uma longa distância entre o mundo grego e o mundo latino.[17] Depois de Justiniano, a língua grega suplantou a língua latina.[17]
Nenhum comentário:
Postar um comentário