A Idade Média foi, em termos bélicos, como um período de grandes
desenvolvimentos tecnológicos, essencialmente provindos de dois grandes laboratórios, o Médio Oriente e a península Ibérica. As duas zonas, que desde muito cedo se tornaram palcos de violentas batalhas entre mouros e cristãos,
fizeram com que a prática, a filosofia, a tecnologia e a própria génese
da guerra evoluíssem. Temos que ter consciência que os termos cruzada e jihad
surgem nesta época, e embora ambas tenham um significado extremamente
semelhante, são dois paradigmas de uma realidade muito peculiar.
Quando ocorreu a invasão muçulmana da península Ibérica, o povo dominante eram os Visigodos, cujos exércitos se apoiavam essencialmente numa infantaria pesada, muito lenta. Os exércitos mouros, todavia, utilizavam uma cavalaria extremamente veloz, com armamento defensivo
muito ligeiro, que lhes permitia uma rápida evolução no terreno e que
deu a estes exércitos a vantagem, pelo menos numa fase inicial, e
permitiu a conquista da maior parte da península a um ritmo apenas
observado nos conflitos contemporâneos.
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