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segunda-feira, 4 de junho de 2012

cultura medieval


cultura medieval ou cultura da idade média foi uma síntese de elementos greco-romanos, cristãos e germânicos, que foram reformulados em termos de novas experiências. Começou a distinguir-se no século XI e atingiu o apogeu no século XIII. Apesar de predominar o sentimento cristão-católico-romano, nela há influência de cultura secular e naturalista, representada pela literatura fantasiosa, por mitos, lendas e canções populares.
A partir do século X, a Europa Ocidental passou por profundas transformações econômicas, sociais e culturas, houve um renascimento cultural e urbano com o surgimento de novas preocupações intelectuais, com esses novos pensamentos surgiram novas reflexões, como Santo Anselmo que refletiu essa nova época em seus escritos, que manifestavam a confiança na lógica, ou Abelardo que primeiramente vulgarizou o emprego da palavra "teologia". Também ficam em destaque Santo Tomás de Aguino que em sua maior obra, a Suma Teológica, que ficou inacabada, procurava reconciliar os escritos de Aritóteles com os principios da teologia.

Lenda do Medievo


Lenda do Medievo


Um menino órfão que vivia aos cuidados dos padres da Catedral de Notre Dame, começou a andar um pouco triste e pensativo.

O padre vendo a tristeza no rosto inocente se aproximou e perguntou-lhe:

– O que está acontecendo? Por que tens andado pensativo e tão triste?

– É que eu vejo que muitos meninos tem uma mãe para poderem abraçar, mas eu não tenho nenhuma – respondeu o menino.

O padre se compadecendo da situação daquele menino inocente, lhe falou com um sorriso caridoso:

– Meu filho, você não sabe que você tem a Mãe mais bonita de todas as Mães? Para as crianças órfãs, Nossa Senhora assume uma maternidade toda especial.
Todo contente e já confortado, saiu de lá com a convicção alegre de que sua Mãe era a mais bonita de todas as Mães…

Toda a vez que ia à Catedral, rezava de modo mais especial, porém com um pedido inesperado: o menino queria ver sua Mãe pessoalmente.

Para isso não só rezava, mas fazia sacrifícios também.

Num desses dias maravilhosos do mês de maio, Paris estava toda florida. A Catedral estava toda ornada com flores.

Logo pela manhã o menino apareceu desmaiado perto da imagem de Nossa Senhora.

Sendo socorrido pelo Padre e cercado pelos fiéis, o menino acorda nos braços do religioso com um sorriso celestial.

Perguntam-lhe o que aconteceu e ele responde:

– Minha Mãe atendeu meu pedido, Nossa Senhora me apareceu e ela é realmente a mais bonita de todas as Mães.

– Mas o que aconteceu com seus olhos? – respondeu-lhe o padre, vendo o olho direito do menino branco e opaco como se tivesse passado uma lixa.

– É que Nossa Senhora me pediu um sacrifício em troca. Ela me apareceu mas disse que eu não iria enxergar mais do olho direito.

O Milagre se espalhou como um vendaval pela região. Muitas pessoas iam na Catedral pela manhã, só para ver o menino rezar para a Santíssima Virgem.

Perguntavam a ele o que ele estava pedindo desta vez. E ele sempre respondia:

– Quero ver novamente minha Mãe que está no Céu.

– Mas e se Nossa Senhora lhe pedir o outro olho e você ficar definitivamente cego? – retrucavam.

Ao que respondia:

– Minha Mãe que está no Céu é tão linda, que depois de vê-la novamente, não quero ver mais nada neste mundo.

E assim passou-se um mês de orações e penitências.

E certa manhã, enquanto rezava diante da imagem de Nossa Senhora, o menino ergueu a cabeça, sorriu e desmaiou novamente.

Todos os que estavam no local perguntavam entre si, se o menino teria visto a Santíssima Virgem novamente.

O tumulto de pessoas estava tornando-se grande.

O Padre acolheu o menino nos braços novamente e chamava-o pelo nome…

Na sua face tinha um brilho extraordinário… Ainda com os olhos fechados o menino exclamou:

– Eu vi minha Mãe!

E ao abrir os olhos, os dois estavam normais.

Nossa Senhora tinha restituído o olho direito do menino, deixando-o com a visão perfeita.

Quão bondosa é nossa Mãe que está no Céu, mas muitas vezes para que ela atenda nossos pedidos, ela manda uma provação para testar a nossa fé.



CLASSES SOCIAIS NA ERA FEUDAL

Classes sociais na era do Feudalismo

-Os servos: Eram aqueles que tinham menor importância nas cidades, cada servo tinha um senhor na qual ele precisava trabalhar e prestar serviços.
-A nobreza: Eram conhecidos como senhores feudais, os nobres podiam possuir vários servos para prestarem serviço. Tinham como principal função, guerrear e exercer poder político sobre as demais classes.
-O clero: Os padres, Bispos e outras classes religiosas, o Clero fazia parte das igrejas, que era a maior instituição pública da Idade Média na era do Feudalismo.

NOBREZA

 

Nobreza representa o estamento de maior estrato, sendo geralmente hereditária. Aos nobres pertenciam grande parte dos territórios conquistados, recebidos dos monarcas como prêmio das vitórias e batalhas, portanto o controle político. Beneficiavam de duas regalias muito importantes: A jurisdição privativa sobre os moradores dos seus domínios senhoriais (isso até o fim da Idade Média, no século XIV) e, por vezes a isenção de tributos. A nobreza está associada a um título nobiliário e pode estar ligada ao governo de um território, sendo que cada país tem suas regras quanto a nobiliarquia

O CLERO

 

O clero se dividia em dois grupos: Alto clero e baixo clero. O alto clero era formado basicamente por filhos de famílias nobres. Eles tinham terra e muito poder e, geralmente eram os únicos letrados. Eram responsáveis pela administração das igrejas e das propriedades pertencentes ao clero. O baixo clero era composto por Párocos e monges. Eles exerciam funções mais simples, ligadas ao cotidiano dos camponeses, como realizar batismos e casamentos.

O paraíso e o inferno


O homem medieval imaginava o Inferno como um lugar de opressão e tortura, onde os condenados se deparavam com fogo, demônios, instrumentos de tortura e dores físicas. Na visão cristã medieval, o paraíso, ao, contrário, era um local harmonioso e belo. Lá, as almas encontravam os anjos, ouviam a música dos astros, ficavam rodeadas de luzes e tinham liberdade de espaço e movimento.

 

TRIBOS GERMANICOS

 

As primeiras tribos germânicas que se estabeleceram nas regiões do Império Romano não organizavam a sociedade em torno de um estado. Elas eram pagãs (aquelas pessoas que não forma batizadas na fé cristã, seguidoras de religiões politeístas) e não conheciam a escrita. As terras que ocupavam perteciam a comunidade e eram divididas anualmente entre as famílias para o cultivo. Em períodos de paz, as tribos germânica não possuiam uma autoridade central. Os chefes das famílias se reuniam em assembleias populares para decidir os rumos da comunidade. As assembleias decidiam a guerra e a paz e a julgavam casos de traição, crimes de guerra e atos desonrosos.

resumo do filme "AS CRUZADAS"



 
As Cruzadas criaram condições para o renascimento do comércio entre o ocidente e o oriente do mediterrâneo.

O filme conta as aventuras de um jovem ferreiro na Idade Média durante as cruzadas do século 12.

O jovem ferreiro em Jerusalém se torna um cavaleiro e surge como esperança para proteger seu povo dos expedicionários que lideram as cruzadas. Ele é convidado a participar da cruzada imaginando poder pagar os seus pecados por ter matado um padre e os da sua mulher que cometeu suicídio e teve a cabeça decepada como mandava a tradição.

Os homens que faziam parte do movimento das cruzadas , passavam por inúmeros perigos durante a jornada matavam e morriam e diziam ser a por vontade de Deus, acreditavam que Deus determinava os resultados das batalhas .Diziam que lutavam por Deus mas, na verdade lutavam por fortunas e terras.

O filme mostra alguns costumes da época, como por exemplo, comer com as mãos e tomar banho de roupa. Também mostra os templários homens que matavam Árabes ordenados pelos Papas e eram enforcados na sede da guarda de Jerusalém.

Antes de morrer o rei Balduíno VI que era leproso e usava uma máscara de ferro , pede a Bailian que se case com sua irmã Sybilla e governe Jerusalém no lugar de Gui de Luzian marido de Sebylla o qual Balduíno pretendia eliminá-lo do caminho, mas o ferreiro recusa a proposta por questão de princípios,apesar de acreditar que Deus não está mais com ele. Após a morte do rei Balduíno sua irmã se torna rainha e coroa como rei seu marido Gui de Luzian. Este reúne o seu exército para enfrentar Saladino, um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, seu domínio se estendia pelo Egito, Síria, Iraque, Iêmen e pelo Hijaz.

Antes de Gui de Luzian partir o cavaleiro Bailan aconselha o novo rei a não se afastar de Jerusalém, principalmente de perto da água com sua tropa ,para que Jerusalém não fique desprotegida, mas Gui de Luzian diz que não quer conselhos de um ferreiro e parte com o seu exército.

O cavaleiro fica em Jerusalém forma um novo exército resiste aos ataques das tropas de Saladino, defendendo o povo e consegue um acordo com Saladino para tirar seus homens, mulheres, crianças , velhos e a rainha da cidade e rende Jerusalém. Antes de partir Saladino lhe dá um cavalo e diz “Se Deus não o ama como poderia ter feito o que fez”.

E assim a luta continuou com a Cruzada do rei Ricardo Coração de Leão que durou 30 anos..

guerras medievais

A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

cruzadas

As cruzadas
As cruzadas Chama-se cruzada a qualquer um dos movimentos militares de inspiração cristã que partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e à cidade de Jerusalém com o intuito de conquistá-las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão. Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos. No médio oriente, as cruzadas foram chamadas de invasões francas, já que os povos locais viam estes movimentos armados como invasões e por que a maioria dos cruzados vinha dos territórios do antigo Império Carolíngio e se auto-denominavam francos. Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados durante as Cruzadas. O termo é também usado, por extensão, para descrever, de forma acrítica, qualquer guerra religiosa ou mesmo um movimento político ou moral. O termo cruzada não era conhecido no tempo histórico em que ocorreu. Na época eram usadas, entre outras, as expressões peregrinação e guerra santa. O termo Cruzada surgiu porque seus participantes se consideravam soldados de Cristo, distinguidos pela cruz aposta a suas roupas. As Cruzadas eram também uma peregrinação, uma forma de pagamento a alguma promessa, ou uma forma de pedir alguma graça, e era considerada uma penitência. Por volta do ano 1000, aumentou muito a peregrinação de cristãos para Jerusalém, pois corria a crença de que o fim dos tempos estava próximo e, por isso, valeria a pena qualquer sacrifício para evitar o inferno. Incidentalmente, as Cruzadas contribuíram muito para o comércio com o Oriente.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Transição da Idade Média para a Era Moderna

O fim da Idade Média está relacionado às grandes transformações como:

peste negra

Em meados do século XIV, uma doença devastou a população europeia, chamada Peste Negra, mas também conhecida como Peste Bubônica. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes europeus morreu nesta época. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, sendo que esses animais encontraram na Europa um ambiente favorável, pois, o esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas, aumentado assim o número de ratos. Os ratos eram contaminado com a bactéria Pasteurella pestis.[66]
Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida , pois não havia cura para a doença. Os doentes tinham vários sintomas tais como, febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.[66]
A doença foi sendo controlada no final do século XIV, com a adoção de medidas higiênicas nas cidades medievais. Mas também trouxe outras consequências, tal como econômicas, pois, com a morte de boa parte dos servos, muitos senhores feudais aumentaram as obrigações, fazendo os camponeses trabalharem e pagarem impostos pelos que haviam morrido, ocorreram revoltas camponesas. Os senhores feudais que conseguirarm sobrevirer organizaram exércitos fortes e combateram com violência as revoltas. Porém, em muitas regiões da Europa, os camponeses obtiveram conquistas importantes, conseguindo diminuir as obrigações servis.[66]

guerras e armamentos

A Idade Média foi, em termos bélicos, como um período de grandes desenvolvimentos tecnológicos, essencialmente provindos de dois grandes laboratórios, o Médio Oriente e a península Ibérica. As duas zonas, que desde muito cedo se tornaram palcos de violentas batalhas entre mouros e cristãos, fizeram com que a prática, a filosofia, a tecnologia e a própria génese da guerra evoluíssem. Temos que ter consciência que os termos cruzada e jihad surgem nesta época, e embora ambas tenham um significado extremamente semelhante, são dois paradigmas de uma realidade muito peculiar.
Quando ocorreu a invasão muçulmana da península Ibérica, o povo dominante eram os Visigodos, cujos exércitos se apoiavam essencialmente numa infantaria pesada, muito lenta. Os exércitos mouros, todavia, utilizavam uma cavalaria extremamente veloz, com armamento defensivo muito ligeiro, que lhes permitia uma rápida evolução no terreno e que deu a estes exércitos a vantagem, pelo menos numa fase inicial, e permitiu a conquista da maior parte da península a um ritmo apenas observado nos conflitos contemporâneos.

arte

A maior parte da arte medieval que chegou aos dias de hoje tem um foco religioso — fundamentado no Cristianismo. Essa arte era muitas vezes financiada pela Igreja; bem como por figuras poderosas do clero, como bispos; por grupos comunais, como os dos mosteiros; ou por patronos seculares ricos. Como no período a vasta maioria dos camponeses era iletrada, as artes visuais, aliadas aos sermões, eram o principal método para comunicar as ideias religiosas.
Com a invasão dos povos bárbaros ao Império Romano, as pessoas foram para o campo, onde estariam mais seguras. Os grandes proprietários então, construíram castelos com grandes muralhas e segurança para se protegerem dos bárbaros.
Com a queda do Império Romano, técnicas artísticas da Grécia Antiga acabaram perdidas, entre elas estava muito do que se sabia sobre a noção de perspectiva. A pintura medieval passa a ser predominantemente bidimensional, e as personagens retratadas eram pintadas maiores ou menores de acordo com sua importância. Esse caráter estilizado das obras do período é também entendido como um reflexo próprio daquele contexto cultural, que enxergava a vida com forte ênfase no seu aspecto simbólico. Os artistas medievais não estavam primariamente preocupados com o realismo, a intenção de passar uma mensagem religiosa pedia imagens claras e didáticas ao invés de figuras desenhadas com precisão fotográfica.
Ao lado da pintura, a tapeçaria foi a mais importante forma de arte medieval. Isso decorre em muito por sua utilidade ao manter, no inverno, o calor interno dos castelos, construídos de pedra. A mais famosa tapeçaria medieval é o ciclo d' A senhora e o unicórnio. As duas principais manifestações arquitetónicas, principalmente relacionadas à construção de catedrais, foram o estilo românico e mais tarde o gótico. Destaca-se também a formação das corporações de ofícios, reunindo artesãos.

algumas consequencias do fedalismo

  • Enfraquecimento do poder real (descentralização política).[63]
  • Aparecimento da cavalaria.
  • Fortalecimento da Igreja nos campos religioso, econômico e político.
  • Economia fechada, com atraso do comércio.[63]

´cavalaria e clero

A principal força de guerra da época feudal foi representada pela cavalaria medieval. Esta era formada por nobres, para muitos dos quais a guerra era uma ocupação permanente. Faziam parte da cavalaria sobretudo os filhos dos nobres que estavam excluídos da herança feudal. Para pôr freio à violência e à brutalidade, a Igreja transformou a cavalaria numa instituição armada, criada para defender os princípios morais da religião cristã.[61]
Os jovens das famílias nobres se tornavam cavaleiros com uma cerimônia religiosa, no decorrer da qual era feito um solene juramento, em que o cavaleiro prometia seguir os preceitos da fé. O cavaleiro tinha que se mostrar forte, generoso, leal, ajudar os pobres e os mais fracos.[61]
A carreira do cavaleiro iniciava quando ele era ainda criança, pois aos sete anos devia começar a aprender a cavalgar e a ter boas maneiras. Depois, aos quatorze anos, tornava-se escudeiro, isto é, levava o escudo do senhor até os campos de batalha. Finalmente, aos dezoito anos, chegava o grande dia da investidura, quando recebia, num ato religioso, a espada, o elmo e o escudo.
O aspirante a cavaleiro jejuava por 24 horas, tomava um banho santificador, vestia uma túnica alva e ia até o sacerdote para que este o purificasse e benzesse sua espada. De joelhos, escutava as leis da cavalaria e jurava sobre o Evangelho que iria proteger o rei, defender a cristandade contra os infiéis, ser leal e generoso.[61]

Clero

Os homens da Igreja (padres, bispos, arcebispos) tinham privilégios e prestígio na sociedade feudal, porque faziam a ligação entre Deus e os homens, grandes riquezas estavam acumuladas em suas mãos e eram donos de propriedades de terras.[61] Os fiéis faziam doações para obter o perdão dos pecados; os moribundos, para obter a salvação no além; os peregrinos, para obter a proteção de Deus e que nenhuma desgraça lhes acontecesse; os soberanos, para conseguir sempre mais poder.[62] Mas essas riquezas não eram distribuídas igualmente pelos elementos do clero. Os padres do campo misturavam as funções, pregando nas igrejas e arando nos campos junto com os camponeses. Já os padres e os bispos das cidades tinham melhores condições e uma vida mais refinada. Alguns bispos e arcebispos levavam uma vida de luxo e ostentação.[63]
Das riquezas que a Igreja arrecadava em abundãncia, uma boa parte, sem dúvida, ia para os pobres. A hospitalidade era também praticada pela Igreja em larga escala. Os indigentes recebiam comida e dinheiro nas portas das igrejas. A caridade, porém, era secundária, pois a grande tarefa era celebrar a missa,construir e decorar as igrejas para a glória de Deus.[63]

economia,sistema de producao do feudo,

Nos feudos se produzia o necessário para a vida da população local, de modo que constituíam comunidades independentes e autônomas do ponto de vista econômico. Esse sistema, chamado economia fechada, trouxe sérias conseqüências, como a contínua diminuição do comércio e das moedas, que por sua vez provocou também a falta de metais preciosos, como o ouro e a prata. Esse sistema de economia fechada causou uma espécie de parada na vida econômica e comercial.[59]

Sistema de produção feudal

A grande propriedade rural abrigava o castelo, as aldeias, os grandes bosques, pastagens, terras para serem cultivadas, o manso senhorial (reservas de terras do senhor) e o manso servil (reservas de terras dos camponeses).[59]
A economia vinha da terra, de onde o homem se alimentava e fazia as trocas de produtos. O comércio local se fundamentava no vinho, azeite, farinha, gado, caça, pesca e artesanato. Muitos feudos tinham sua própria moeda. A agricultura geralmente era feita apenas para a própria subsistência. Havia grandes áreas de produção agrícola, nas quais se utilizava o sistema de rodízio (os três ou sete campos) para compensar o enfraquecimento da terra:[59]

1º ano 2º ano 3º ano
Campo 1 trigo cevada repouso
Campo 2 cevada repouso trigo
Campo 3 repouso trigo cevada
Quem executava os trabalhos dos campos eram os servos da gleba, que deviam ficar presos à terra, e os vilões, que eram trabalhadores mais livres. Os servos tinham obrigações para com os donos das terras, como:[59]
  • capitação - imposto pago por cabeça;[60]
  • banalidades - eram uma espécie de aluguel que os servos pagavam para poderem usar o forno, o moinho, o celeiro, os tonéis, que eram de propriedade do senhor;
  • prestações - espécie de hospitalidade que os servos e vilões deviam oferecer;
  • corvéia - era a obrigação de trabalhar de graça alguns dias por semana nas terras do senhor;
  • talha - a produção obtida pelo servo era dividida com o senhor.[60]
Com todos esses impostos, não havia interesse dos servos de trabalhar e a produtividade era muito baixa. Os instrumentos agrícolas eram primitivos e as plantações às vezes eram prejudicadas por muitas chuvas ou por longos períodos de seca. Os camponeses viviam em condições precárias, em casas humildes, sem higiene. O homem da terra era rude, analfabeto, acreditava em superstições e bruxarias.[60]

feudalismo e sua sociedade

Cada vez mais enfraquecia o governo dos sucessores de Carlos Magno em toda a Europa. A partir do século IX até o século XII, uma nova organização social, política e econômica se firmava com o nome de feudalismo.[57]
O feudalismo teve raízes remotas, numa situação econômica dos últimos séculos do Império Romano, quando a terra se tornou a principal fonte de riqueza e a agricultura, a atividade predominante. Na Idade Média, a sociedade era modesta, tinha vida simples, e voltada para os campos. As freqüentes guerras, as estradas ruins traziam graves prejuízos para as transações comerciais. Nessas condiçôes, os grandes proprietários de terras se tornavam donos de grandes riquezas e exerciam forte domínio sobre os demais, enfraquecendo o poder dos reis.[57]
Quem possuía pouca terra ou não possuía tinha que se colocar à disposição dos ricos senhores, contentar-se em cultivar os campos ao fundo dos feudos deles e, em troca, receber uma pequena parte dos frutos.[57]
A Idade Média, sem dúvida, é a soma de várias mudanças introduzidas pelos bárbaros na Europa Ocidental. Com os bárbaros houve a quebra da unidade política romana. Alguns costumes bárbaros foram seguidos na sociedade feudal, como o comitatus, que era um acordo de fidelidade feito entre os chefes bárbaros e seus guerreiros, o que acabava formando um forte relacionamento de dependência interpessoal.[57] Outro costume foi o beneficium, usado entre os bárbaros, que era a doação de terras aos guerreiros que venciam as batalhas.[58]
Mudando a situação econômica, também a organização política adquiriu um novo aspecto. Os reis, enfraquecidos, começaram a pedir a ajuda dos ricos senhores de terras, tanto na parte financeira como na parte militar. Esses reis acabavam doando terras em troca dos serviços recebidos. Essas doações de terras entre reis e ricos senhores e entre estes e os senhores de menores posses foram chamadas de feudos. O rei doava as terras numa cerimônia chamada investidura. Aquele que recebia a terra chamava-se vassalo do rei. O vassalo fazia o juramento de fidelidade e apoio ao rei e este, em troca, lhe prometia apoio financeiro e proteção militar.[58]
De modo semelhante, senhores com menos fortuna se colocavam ao dispor de nobres de menos posses, que também passavam a ser seus vassalos e protegidos. Nascia, assim, a submissão direta de um homem a outro homem e o acordo de fidelidade - isto se tornou o fundamento do feudalismo. Havia, então, uma relação de respeito e obediência nessa sociedade: suserano era aquele que doava o feudo e vassalo era quem recebia o feudo. O rei era o suserano dos suseranos, mesmo não tendo o poder, que se achava dividido entre muitos.[58]
Esses feudos se tornaram auto-suficientes, produzindo tudo de que a população local precisava, desde os alimentos, o vestuário, a madeira até os artefatos de ferro. Por necessidade de se protegerem contra constantes guerras e invasões, construíram castelos fortificados, que eram as sedes dos feudos.[58]
 sociedade:
A organização social foi determinando, pouco a pouco, a fraqueza do poder real. Concedendo o benefício de feudos aos vassalos, os reis concediam também direitos internos, chamados imunidades. Para o rei sobravam os encargos de administrar a justiça, os impostos, e o direito de chamar os homens às armas. Desse modo, os vassalos acabaram levando vantagens e algumas vezes entravam em atrito contra o próprio rei, que não conseguia manter o controle sobre seus territórios.[58]
No período feudal, a sociedade era dividida em classes distintas, cada uma com funções diferentes. A classe mais forte era a dos nobres, desde os títulos mais altos (marqueses, condes, duques) até os simples cavaleiros. Aos nobres era dada a responsabilidade da guerra, e eles gastavam do seu próprio bolso para comprar os armamentos necessários, para selar e manter seus cavalos.[58]
Ao lado dos nobres, quase no mesmo plano, estava o clero, isto é, os membros da Igreja (como os padres, os bispos, os abades), que geralmente eram ricos e influentes.[58] A classe inferior era constituída pelos artesãos, poucos e pouco importantes, e pelas grandes massas de camponeses, que trabalhavam duramente, mas em condições diferentes dos escravos. Como a maioria das terras eram feudos pertencentes aos nobres ou aos membros da Igreja, sobravam poucas propriedades livres ao redor dos feudos.

imperio bizantino

Se o Império Romano do Ocidente não brilhava e quase tudo se havia voltado ao primitivismo, por causa das invasões bárbaras, o mesmo não acontecia com o Império Romano do Oriente.[3][4]
A capital do império era Bizâncio,[5] uma cidade que conservou o patrimônio e a língua helenística (grego popular).[6] Bizâncio, antiga colônia grega, foi por muito tempo a capital do Império Romano do Oriente. No ano de 330, foi melhorada por Constantino e passou a ter o nome de Constantinopla. Essa importantísstima cidade foi capital do império até 1453, quando tomada pelos turcos otomanos, dando início aos tempos modernos. Constantinopla, hoje tem o nome de Istambul.[6][4]
Os bizantinos souberam aproveitar a posição geográfica do seu território. De fato, localizava-se na passagem entre a Europa e Ásia. Era um local de encontro de rotas comerciais.[6] Desenvolvia-se um intenso comércio de peles, especiarias do Extremo Oriente, grãos de trigo, peixes, mel, sedas, tapetes e artigos de muitos outros locais.[7][4]
Essa cidade chegou a ser uma fortaleza, cercada de água pelos três lados e protegida por uma grande muralha do outro lado. Por isso, conseguiu resistir às invasões dos bárbaros, devido à sua posição geográfica e por possuir um forte exército e poderosas frotas.[8][4]

Política bizantina


Império Bizantino em 550. As conquistas de Justiniano estão em verde.
O governo era uma monarquia absolutista.[9] O imperador dispunha de poderes absolutos, fazia as leis e tinha também poder religioso.[10] O mais importante dos imperadores bizantinos foi Justiniano I (527 a 565).[11][12][10]
Com ele, grande parte do território do império perdido aos bárbaros no Ocidente foi recuperado. Foi um administrador culto, amigo do trabalho e da justiça. Dividiu com a mulher, a imperatriz Teodora, o seu sucesso.[11][10] Seu governo foi marcado por lutas sociais: havia muita pobreza contrastando com a riqueza. Os tributos foram aumentados, o povo revoltou-se na chamada Revolta de Nika.[12] O movimento de revolta foi abafado graças à intervenção da imperatriz Teodora e do general Belisário.[12][10]
Justiniano I foi um homem de grandes conquistas; ampliou o império em direção ao norte da África, península Itálica e península Ibérica. Foi também grande legislador e teólogo. Fez importante obra legislativa, reuniu e organizou as teses do Direito Romano em uma grande obra chamada Código Justiniano ou Corpus Juris Civilis.[11][12][13][10]
O código era formado por cinqüenta livros e foi um trabalho difícil, coordenado pelo legislador Triboniano. O imperador fez resumir em quatro livros todo esse trabalho legislativo, originando o Código, o Digesto, as Institutas e as Novelas. Assim, o vasto corpus juris civilis foi simplificado em quatro partes.[13][11][10]
A cultura bizantina despontou com novos pensadores e estudiosos cristãos. Justiniano construiu grandes obras públicas, como a famosa Hagia Sofia, e outras tantas arquiteturas.[14] Governou com poderes absolutos, foi considerado o representante de Deus na Terra.[10] Por isso, usou-se a expressão cesaropapismo, que era a supmíssão e controle da Igreja por parte do imperador.[10] Havia muitas desavenças e desentendimentos religiosos, mas Justiniano queria que a Igreja fosse unificada para poder se aproveitar dela em seu governo.[10]
Na época de Justiniano, houve um movimento religioso chamado monofisismo. Os adeptos dessa doutrina diziam que Cristo tinha apenas a natureza divina, não possuindo natureza humana.[15][10]
Com o fim do mandato de Justiniano, ou seja, com sua morte, o povo de Constantinopla ficou feliz, pois estava cansado de altos impostos e tanto autoritarismo.[10] O imperador havia impedido a venda dos ícones, isto é, as imagens sagradas de Cristo, da Virgem Maria e dos santos.[16] Esta campanha contra as imagens recebeu o nome de campanha iconoclasta.[16][10]
Os sucessores de Justiniano se empenharam em defender o território do Império Romano do Oriente contra os invasores bárbaros, que se desinteressaram do Ocidente.[17] Aparecia, dessa forma, uma longa distância entre o mundo grego e o mundo latino.[17] Depois de Justiniano, a língua grega suplantou a língua latina.[17]

Periodização

O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ter-se-ia iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (em 476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 d.C.) ou com a descoberta da América (em 1492)[2] no desenrolar dos chamados Descobrimentos.
A Era Medieval pode também ser subdividida em períodos menores, num dos modos de classificação mais populares, é separada em dois períodos:
  1. Alta Idade Média, que decorre do século V ao X;
  2. Baixa Idade Média, que se estende do século XI ao XV.
Uma outra classificação muito comum divide a era em três períodos:
  1. Idade Média Antiga (ou Alta Idade Média ou Antiguidade Tardia) que decorre do século V ao X;
  2. Idade Média Plena (ou Idade Média Clássica) que se estende do século XI ao XIII;
  3. Idade Média Tardia (ou Baixa Idade Média), correspondente aos séculos XIV e XV.
Esse período inicial da história medieval é conhecido como "Primeira Idade Média", pois é uma fase de transição e de adaptações da Europa. Períodos históricos "de transição" também podem ser denominados Idade Média, porém o período medieval é um evento estritamente europeu.

biografia

biografia:
Jeremias:tenho 14 anos,estudo no 7 ano,nao sou muito bom nas materias,gosto de jogar bola,e etc...

Raul:tenho 12 anos,tenho 1,67 de altura,gosto de ir ao jogo do abc e etc...

Caio:tenho 12 anos,sou baixinho,nao sou muito inteligente,tiro muitas notas baixas,etc...

Jamwes : tenho 14 anos,sou repetente,gosto de jogar bola,magic e ,nao sou muito inteligente,etc...

Jorge;tenho 13 anos,jogar call of duty,nao gosto de matematica mais tiro notas boas,nas outras sou muito ruim,etc...

Luis henrique: tenho 12 anos,gosto de jogar call of duty,sou muito inteligente,etc....

idade media

idade media:
A Idade Média, Idade Medieval, Era Medieval ou Medievo foi o período da história ocidental, entre 476 d.C. e 1453. É um intermédio numa divisão esquemática da História da Europa, convencionada pelos historiadores, em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea.
Este período caracteriza-se pela influência da Igreja sobre toda a sociedade. Esta encontra-se dividida em três classes: clero, nobreza e povo. Ao clero pertence a função religiosa, é a classe culta e possui propriedades, muitas recebidas por doações de reis ou nobres a conventos. Os elementos do clero são oriundos da nobreza e do povo. A nobreza é a classe guerreira, proprietária de terras, cujos títulos e propriedades são hereditários. O povo é a maioria da população que trabalha para as outras classes, constituído em grande parte por servos.
O sistema político, social e económico característico foi o feudalismo, sistema muito rígido em progressão social.
Fome, pestes e guerras são uma constante durante toda a era medieval. As invasões de árabes, vikings, mongóis e húngaros dão-se entre os séculos VIII e XI. Isto trouxe grande instabilidade política e económica.
A economia medieval é em grande parte de subsistência. A riqueza era medida em terras para cultivo, agricultura e pastoreio. O comércio era escasso e a moeda era rara. A economia baseava-se no escambo.
Muitos Estados europeus são criados nesta época: França, Inglaterra, Dinamarca, Portugal e os reinos que se fundiram na moderna Espanha, entre outros. Muitas das línguas faladas na Europa evoluíram nesta época a partir do latim, recebendo influências dos idiomas dos povos invasores.